Um ano diferente, mas nem tanto
- Liga Experimental
- 10 de mai. de 2012
- 3 min de leitura
Em 2011, a Liga veio com uma proposta um pouco diferente da habitual. Em vez de trabalhar exclusivamente com as demandas dos segmentos sociais, decidimos executar um projeto próprio, o Palavras de Liberdade. Entretanto, não abandonamos nosso sistema de parcerias.
Nesse ano, demos continuidade à parceria da Liga com a Associação dos Amigos da Arte de Guaramiranga, a Agua. Subimos, mais uma vez, as serras para fazer a cobertura do Festival Nordestino de Teatro (FNT) através do Informativo Beija-flor.
A parceria com a Agua começou em 2010 e garantiu à Liga dois prêmios da Exposição da Pesquisa Experimental em Comunicação (Expocom) como melhor Agência Júnior de Jornalismo – regional e nacional – em 2011.
Também em 2010, ganhamos um edital lançado pelo MEC, o que nos permitiu desenvolver a ação Palavras de Liberdade: a comunicação na efetivação dos direitos. Como o nome sugere, o projeto visava discutir a comunicação como mecanismo de fazer valer os direitos humanos. Nesse intuito, levantamos discussões a respeito dos seguintes temas no decorrer do ano: Juventude, Diversidade Sexual, Meio Ambiente, Inclusão Digital e Violência Urbana.
As temáticas foram divididas em ciclos, os quais possuíam quatro fases:
Formação interna para definir nossa forma de abordar o tema;
Elaboração de conteúdo para alimentação do blog do Palavras;
Mesa-redonda com representantes da sociedade civil, mídia e academia;
Formação junto a algum dos seguimentos convidados para a mesa-redonda.
Para o primeiro ciclo – Juventude e Comunicação – publicamos reportagens sobre juventude e participação política e o acesso dos jovens ao mercado de trabalho. No debate, tivemos a presença da educomunicadora da revista Viração, Vânia Aparecida, do co-fundador da TV Janela, Valdenor Moura, e da professora do curso de Comunicação Social da UFC, Deisimer Gorczevski. E, para encerrar o ciclo, visitamos a sede da TV Janela no bairro Planalto Airton Sena, onde conversamos com os integrantes do projeto.
No segundo ciclo – Diversidade Sexual e Comunicação – nossa reportagem foi sobre a identidade LGBT e a luta do movimento para fazer valer os seus direitos. Contamos ainda, com a participação na mesa redonda da representante do Grupo de Resistência Flor de Mandacaru, Paula Costa, do psicólogo e diretor da ONG Fábrica de Imagens, Marcos Rocha, do professor de Psicologia da UFC, Marcelo Natividade, e da representante da Coordenadoria Municipal LGBT, Marilúcia Mesquita. Por fim, fomos até a Fábrica de Imagens, na Maraponga, conhecer seus projetos que abordam a temática.
O terceiro ciclo foi o de Meio Ambiente e Comunicação, no qual buscamos destacar a necessidade de uma consciência seletiva e a realidade por traz do marketing verde. Convidamos para a mesa-redonda a assessora de comunicação da Cáritas, Monyse Ravena, a jornalista do Diário do Nordeste, Maristela Crispim, e o professor de Comunicação da Fa7, Miguel Macedo. Encerrando a temática, conversamos com representantes do Instituto Terramar.
Nossa quarta temática era sobre Inclusão Digital e Comunicação, onde abordamos a questão da acessibilidade diante dos novos meios de comunicação. Nossos debatedores foram João Pulo Lima, um dos fundadores da cooperativa Pirambu Digital, Rones Maciel, estudante de Jornalismo e membro da ONG Catavento e Hermínio Borges Neto, professor adjunto da Facede (Faculdade de Educação da UFC). Para a formação, conhecemos o trabalho desenvolvido no Pirambu Digital.
O último ciclo tratou do tema Violência Urbana e Comunicação, para o qual fomos atrás de discutir a abordagem midiática em relação ao tema. A discussão foi guiada pelo educador popular, Givanildo Manuel, o coordenador da Cufa Lagamar, Del Teixeira, o repórter do jornal O Povo, Tiago Braga, e o pesquisador do Laboratório de Estudos sobre a Violência (LEV), Igor Monteiro. O ciclo foi encerrado com uma conversa com o educador Givanildo Manuel a respeito do desenvolvimento da violência pela História.
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