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  • Marcela Tosi e Francisco Félix

Painel do MST abre programação de 10 anos da LIGA Experimental de Comunicação


Na programação de 10 anos da LIGA Experimental de Comunicação, aconteceu ontem à noite(03), no Auditório da Pós-Graduação de História, o “Painel MST – O papel da comunicação na história de luta e perspectivas para o futuro”. Compuseram a mesa Pedro Neto, integrante do coletivo de comunicação nacional do MST; Iris Pacheco, dirigente nacional do setor de comunicação do Movimento; e Ismar Capistrano, professor de Jornalismo da UFC com experiência em Comunicação Comunitária.

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra foi parceiro da LIGA em 2008, tornando-se uma das primeiras e mais marcantes colaborações da Agência logo em seu segundo ano de existência. “Temos muito em comum; entre outros pontos, acreditamos e defendemos o direito universal de comunicar-se.” Como Pedro Neto ressaltou, a importância da comunicação como instrumento para unir e se expressar está presente no MST desde antes de sua criação formal.

Além das publicações impressas, o setor de comunicação dos sem terra dispõe de quase duas dezenas de rádios livres, rádios poste itinerantes, rádio web, site com recursos audiovisuais, contas em redes sociais e assessoria de imprensa que garante publicações com redes parceiras. De acordo com Íris Pacheco, essas ações são feitas na tentativa de construção de uma comunicação popular feita pelo povo e para o povo, desde a juventude até a terceira idade.

Segundo o professor Ismar, o Movimento tem contribuição central na democratização da comunicação porque além de romper com a política editorial hegemônica, se utiliza de práticas que priorizam o coletivo e a gestão independente. Ele também citou a questão da cidadania comunicativa em que todas as pessoas podem e devem exercer o seu papel de comunicador.

As conexões entre o tema central do painel e a defesa da regulamentação dos meios de comunicação foram aspecto de destaque apontado por quem estava presente. Para Dawton Valentim, graduando em Jornalismo na UFC, “a organicidade do evento demonstrou sua força por ter criado um espaço de acesso ao complexo processo de organização do MST e ter permitido uma visita à história da própria LIGA, especialmente na fala do professor Ismar.”

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