top of page
  • João Gabriel, Mylena Gadelha

4 amigos e 1 Karim – Parte II

Eram 14hr. Após a montanha-russa de emoções vividas de manhã, um prato de comida se mostrava, no mínimo, necessário. Graças aos céus o restaurante dentro do Dragão do Mar estava aberto, excluindo a nossa outra opção de sair sem rumo sob o sol de Fortaleza, buscando um restaurante pelas redondezas.

Eis que durante nosso tão desejado almoço, temos a conversa que nos era necessária. A coletiva ocorrera tão repentinamente após o filme, trazendo presenças que antes pareciam tão distante a nós, que ainda precisávamos processar a experiência. Até porque, por mais que tenhamos repetido diversas vezes mentalmente que aquelas pessoas sentadas diante de nós eram apenas humanos, é difícil suprimir a aura que alguém que você admira traz consigo.

Isso explica o nosso nervosismo e hesitação ao estender a mão e anunciar que queríamos entrar na fila de perguntas durante a coletiva. Infelizmente, havíamos esperado demais. Sabíamos disso antes mesmo de nos ser dito que o tempo acabaria antes de nossa pergunta ser feita. Além disso, ao término da coletiva, houve uma grande movimentação dos jornalistas para tentar falar com Wagner Moura, o que impossibilitou uma entrevista exclusiva com Karim, naquele momento. Apesar disso, durante o almoço, era evidente que a euforia de ter participado da nossa primeira coletiva de imprensa sobrepunha o arrependimento, e foi exatamente isso que nos fez decidir que não iríamos parar ali. Sabíamos que haveria a presença de Karim nas pré estreias do Dragão do Mar (às 19 horas) e do Shopping Iguatemi (21hr), e tentaríamos fazer nossas perguntas a ele.

Mas, o que roubou as atenções da conversa definitivamente foram nossas impressões sobre o filme. O mais incrível é que tivemos sensações parecidas, com algumas especificidades de olhares:a naturalidade do ator Savio Ygor, durante o filme mostra uma conexão sincera com Donato, além de conseguir transmitir uma essência regional, causando não só uma identificação instantânea em nós, cearenses, mas também um carisma que é capaz de cativar praticamente qualquer plateia. A imersão imediata causada pelo filme torna palpável a angústia de Donato de não se sentir pertencente a um local, e a frustração de Ayrton com o abandono de seu irmão. Já asexualidade é retratada no filme com naturalidade, sem limitar a narrativa a esse aspecto da vida do protagonista.

Ao final do almoço, a liguenta Luana Barros telefonou para saber o que tinha acontecido até o momento. Contamos sobre a coletiva, e dividimos com ela a nossa dúvida sobre o que fazer em seguida: continuar no Dragão do Mar, ou ir para o Shopping Iguatemi? Nós já sabíamos que Karim estaria presente em ambas pré-estreias, mas onde seria mais fácil falar com ele, a sós? Após ligar para sua assessora, ficou decidido que o Iguatemi seria nosso próximo destino, pois ela havia nos prometido que haveria tempo – curto, mas haveria – de falarmos com ele lá.

Deixamos o Dragão do Mar com a promessa de que, finalmente, iríamos conseguir falar com Karim Aïnouz. O nervosismo dera espaço à determinação, e foi com esse sentimento que chegamos ao Shopping Iguatemi.

E aqui termina a segunda parte do relato. Este é o cenário da próxima parte desta saga e você já deve estar curioso para saber no que isso tudo vai dar. Espera só mais um pouquinho, que amanhã(15/05) você descobre como foi a entrevista tão aguardada com o diretor de Praia do Futuro e o que ele tem a falar sobre o filme.

bottom of page