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  • Karoline Tavares

Precisamos falar sobre (des)igualdade de gênero no esporte

O mundo está mudando rapidamente. Não sei se em evolução, mas alguns cenários se mostram mais animadores do que há alguns anos. A inserção das mulheres em várias áreas que são delas por direito. No meio esportivo, por exemplo. Algumas modalidades, consideradas essencialmente masculinas por tanto tempo, têm se tornado mais abertas a profissionais do sexo feminino, assim como a gestão do esporte e o próprio jornalismo. Não esperamos menos.

Apesar disso, são inúmeros os preconceitos e as dificuldades enfrentados por essas mulheres diariamente. No futebol feminino brasileiro, por exemplo, existe a falta de investimento e escassez de patrocínio. Alguns argumentam que não se pode gastar tanto dinheiro com uma modalidade que oferece pouco retorno e tem pouco apoio do grande público.

Em contrapartida, muitos clubes por todo o país começaram a se posicionar mais sobre o assunto, montando equipes femininas em suas instalações. Além disso, em janeiro de 2017, foi determinado que clubes que não possuam times de futebol feminino estarão proibidos de disputar a Copa Libertadores da América, principal competição sul-americana e objetivo dos principais nomes da primeira divisão.

Foto: Divulgação

Essa não é a solução para todos os problemas do futebol feminino, mas, certamente, um importante ganho para a modalidade, assim os clubes dirijam mais sua atenção. Grandes equipes no cenário nacional já têm fortes e consagrados times femininos, como Santos, Corinthians e Flamengo.

Para além disso, o machismo. São vários os casos, recentes ou não, de situações sexistas envolvendo profissionais mulheres dos mais diversos esportes, jornalistas, torcedoras e, até mesmo, dirigentes. Não são episódios isolados e, muitas vezes, acontecem em sequência, como o assédio contra jornalistas e torcedoras na Copa do Mundo da Rússia, há pouco mais de dois meses. A banalização de atos como esse e a transformação em “piada” são alguns dos fatos que tornam tão importante que esse tema seja tratado sempre que possível.

Não pedimos a inserção das mulheres nos espaços, qualquer que seja, pelo único fato de serem mulheres. O objetivo, além de chegar muito mais longe do que a sociedade historicamente impõe, é mostrar que todas podem conquistar os ambientes que bem desejarem por meio de capacidade e talento. Essa não é uma pauta extrema a ser aceitada pela sociedade, é apenas o básico: precisamos falar sobre a naturalização da igualdade de gênero.

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