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  • Malu Justa

Idoso, seu voto faz a diferença

Idoso votando. Foto: Roberto Jaime /TSE

Representando 20% do eleitorado nas eleições brasileiras de 2020, os idosos são pessoas que acompanham e participam das lutas pelo restabelecimento da democracia no Brasil. A pandemia de Covid-19 levou o Congresso Nacional a mudar as datas das Eleições 2020, inicialmente programadas para outubro. O primeiro turno será em 15 de novembro e o segundo, no dia 29, duas semanas depois.

O site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) traz as normas estabelecidas para o processo eleitoral deste ano. Alguns pontos se destacam: o horário de votação será das 7h às 17h, com horário preferencial de 7h às 10h para os maiores de 60 anos; o uso de máscara será obrigatório; o eleitor deverá passar álcool em gel nas mãos antes e depois de votar; o TSE recomenda aos eleitores que devem usar a própria caneta para assinar o caderno de votações e que permaneçam pelo tempo mínimo necessário na seção.

Desde a Constituição Federal de 1988, o sufrágio universal foi instituído para a escolha dos representantes políticos da população. Sufrágio universal significa que todo cidadão dentro das normas legais tem direito ao voto. Tal configuração de participação política foi uma vitória no sentido de ampliação dos critérios da democracia representativa no país, já que todos os cidadãos com mais de 16 anos, homens ou mulheres, alfabetizados ou analfabetos, têm direito a escolher seu representante por meio do voto.

No entanto, o voto é facultativo para os cidadãos de 16 e 17 anos, bem como para aqueles com mais de 70 anos. Para o restante da população, o voto é obrigatório. Com o aumento da expectativa de vida do brasileiro para 76,3 anos em 2018, segundo dados divulgados em 2019 pelo IBGE, cresceu o número de eleitores acima de 69 anos. Nas eleições de 2010, por exemplo, essa parcela da população já representava 6,2% do eleitorado. Em 2020, essa marca subiu para 20% do eleitorado, segundo dados do TSE divulgados pelos G1.

Os idosos que não deixam de votar valorizam esse direito e confiam na sua importância, mesmo com os constantes escândalos que envolvem os poderes Legislativo, Executivo e Judiciário. Como idosa, com 66 anos de idade, atuante e militante na defesa e garantia de direitos dos idosos, quero incentivar e estimular a todos os idosos, com ou sem obrigação de votar, que o façam, pois o ato de votar nos possibilitará, além de exercer nosso direito democrático de escolher nossos representantes, elevar a autoestima, ter maior clareza de nossos direitos e exercer a cidadania e inclusão social.

A consciência dos direitos dos idosos tem crescido muito e os idosos podem e devem contribuir para a solução dos problemas que lhes afetam. É preciso ouvir com atenção a todos os candidatos, conhecer seus planos de governo e, principalmente, saber se o segmento idoso está incluído nestes. Dessa forma, devemos usar o poder de votar para articular e participar da Política Municipal do Idoso, sabendo que seu voto é de extrema importância e faz a diferença na escolha de nossos representantes.

*Malu Justa tem 66 anos, é pedagoga aposentada, especialista em Gerontologia e atua, desde 2007, na defesa dos direitos da pessoa idosa, hoje integra, como conselheira titular, o Conselho Estadual dos Direitos do Idoso CEDI-CE; o Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa Idosa de Fortaleza -CMDPI; além de ser membro do Fórum Cearense de Políticas para o Idoso-Focepi e da Associação Beneficente Social Passo a Passo para Idosos-ABSPI.

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